30 de jan. de 2011

No meio do caminho tinha uma pedra...

Ou melhor, pedras, buracos e degraus imensos... Foi esse o cenário que encontrei pelas ruas de São Paulo quando resolvi ir de metrô até à Av. Paulista com o carrinho de bebê.

Em geral, quando não estou de carro, uso o sling para sair com a Nina. Ela adora, vai de canguru olhando o mundo e curtindo as pessoas, os sons e as cores da cidade. Mas confesso que, com mais de 6 kg, tem dia que fico com preguiça de carregá-la no colo, ainda que com a ajuda do carregador - principalmente em dias de muito calor, quando suamos juntas!

Bom, como ela ganhou um carrinho muito bacana da tia Marcela e vovó Sara, pensei que seria uma ida muito tranquila. Doce engano. Só pra chegar à estação já foi um trabalhão - moro a duas quadras da estação Vila Madalena, mas até lá a Nina sacolejou muito por causa das calçadas irregulares. Pelo menos foi tranquilo no metrô, porque tem elevador e seguimos numa boa até a plataforma do trem. Já na estação de destino...

Em plena Av. Paulista, no cruzamento com a Rua Augusta, a estação Consolação não tem elevador. Ou seja, tive que inclinar o carrinho na escada rolante, morrendo de medo de escorregar. Um funcionário se propôs a ajudar (era o mínimo, né?) e depois disse: "Quando você for descer, pede pro fiscal mandar alguém te ajudar". "Claro, mas como vou pedir pro fiscal lá dentro se estarei aqui do lado de fora?". "Pede pra algum passageiro que estiver descendo avisar lá embaixo". "Ah, tá...".

Num trajeto bem simples, que sozinha ou com a bebê no colo não levaria nem 15 minutos, levei quase meia hora. Cheguei no meu destino toda suada, só pensando em como faria um cadeirante para se locomover no mesmo percurso. A palavra acessibilidade piscava em neon na minha mente. Cheguei ao cúmulo de ver uma calçada que tinha guia rebaixada, mas que do outro lado da rua, não. Ou seja, você desce com facilidade de um lado e sofre pra subir do outro. Uma verdadeiro rally pra chegar ao destino. E olha que há normas e padrões para garantir o acesso a todos... talvez os engenheiros de plantão devessem lê-las com um pouco mais de atenção - ou até mesmo carinho.

Ainda bem que o carrinho que a tia Marcela e a vó Sara deram de presente tem amortecedor:
foi um verdadeiro rally sair com ele pelas ruas da cidade


Um comentário:

  1. Incrível! Os anos passam e a situação permanece!!!

    Sabe que tive a MESMÍSSIMA sensação quando o Guigo nasceu (meu primeiro. A Nina é a 2a!!!)? Nós ainda morávamos em Sampa e eu tinha que ir ao dentista. Era só a uma quadra de distância, então... coloquei a belezinha no carrinho e segui pela entrada do prédio, toda serelepe... até chegar na rua!!!

    Praticamente tive que andar pelo meio da Av. Voluntários da Pátria, porque andar na calçada, com carrinho, era impossível!!!

    Sorte que fui muito abençoada com um filho calminho, que não reclamou de ficar chacoalhando como uma gelatina, naqueles longos 15 minutos (fui beeeeem devagar).

    Bjos e bençãos.
    Mirys - www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com

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