O mais bacana foi o cuidado da minha mãe. Imagine, guardar peças por três décadas, só na expectativa que um neto ou neta pudesse usar! Demais isso, ainda mais para os dias de hoje, quando roupas, sentimentos e pessoas são tão descartáveis.
Outro ponto alto da supresa foi ver as cores dos modelitos, que refletem a realidade de uma época. Quando meu irmão mais velho nasceu, em 74, não havia essa tecnologia de exame de ultrassom para saber o sexo do bebê. Nem em 76 (quando dei o ar da graça por este mundo), nem mesmo em 81, quando o mais novo nasceu. Se tinha, não era como hoje, assim, coisa tão corriqueira. Então as peças tinham cores "neutras", já que não se sabia se quem sairia da maternidade era um menino ou uma menina.
Daí que minha mãe me presenteou com modelitos brancos e, mudééérrrrno, em tom de laranja. Um espetáculo. Além de dois xales pra lá de trabalhados, um verde e outro amarelo. Ah, teve também um sapatinho de couro, que estava um tanto sujinho, mas eu mandei no sapateiro e ficou novinho em folha.
Agora eu já vejo as roupinhas novas que a Nina ganhou e penso: "qual delas guardarei para os meus futuros netinhos?"
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um dos meus favoritos: conjunto laranja, super retrô |
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para decorar a peça sem caracterizar o sexo, detalhes em verde e amarelinho |
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xales trabalhados: cores neutras |
macacão branquinho, com detalhe de joaninha |
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